ENTRETENIMENTO ZERO: Jales não consegue emplacar bares e casas noturnas



ENTRETENIMENTO ZERO: Jales não consegue emplacar bares e casas noturnas

Após mais de uma década fazendo história, Antiquários Bar encerrou as atividades em 2016

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    A crise econômica que atingiu praticamente todos os setores da economia não excluiu a alimentação e o entretenimento fora de casa. Em Belo Horizonte, por exemplo, neste ano cerca de 500 bares e restaurantes fecharam as portas. A frequência de clientes em bares e casas noturnas de Uberlândia caiu 25% nos primeiros três meses deste ano. E estabelecimentos desse setor em muitas outras cidades brasileiras também entraram em declínio.
    Não se sabe se por este motivo, mas Jales também vive a falta de opções para o público que gosta de divertir durante à noite. Muitos baladeiros foram pegos de surpresa quando leram em um acessado perfil no Facebook uma espécie de “anúncio”, divulgando a venda de um conhecido e sofisticado bar da cidade. O Nosso Buteko, inaugurado em julho deste ano pelo casal Lana Keller Albuquerque e Carlos Henrique de Moraes.
    Amplo, moderno, de arquitetura elogiada, cardápio elaborado, grandes rótulos de bebidas no cardápio, o bar se tornou um novo ponto de encontro de gente bonita e badalada em Jales.
    O ano de 2016 marcou o encerramento das atividades do tradicional Antiquário Bar, que foi comandado por décadas pelos sócios Marcelo Pestana e Adalberto Braz da Silva. O requintado e movimentado espaço ocupava um imponente casarão em plena Avenida Francisco Jalles.
    Luiz Henrique Viotto, o Macetão e seus sócios Émerson Turazza e Fernando Toledo, o Muguega, viram fechar, menos de um ano após a inauguração, a Balada Prime. A dupla Maiara & Maraisa chegou a lotar a casa noturna que teve projeto arquitetônico assinado pelo escritório de Tuniko Fernandes. Nem os ambientes climatizados, bares, camarotes e lounges de primeira, estacionamento coberto e atrações de peso, seguraram a onda da Prime.
    Resta saber se foi mesmo a crise que afugentou os clientes ou se os jalesenses não possuem o hábito de prestigiar o que a cidade tem a oferecer. “Talvez a segunda opção seja pertinente”, disse um conhecido promotor de eventos. “Já tivemos excelentes opções de entretenimento aqui em Jales. Quem não se lembra dos tempos áureos da Kamashuê no alto da cidade, da Us.Ina Eventos, Hangar 41 e de grandes festas como o Mask e Kaipcountry que simplesmente caíram no esquecimento e fecharam as portas. Parece que os moradores daqui sentem prazer em prestigiar bares, restaurantes, casas noturnas em Fernandópolis, Santa Fé do Sul, Votuporanga e Rio Preto e virar as costas a quem investe na cidade?”, desabafou.


    A balada Prime fechou as portas antes mesmo de completar 1 ano


    Badalado e requintado bar no coração da cidade está sendo vendido pelos proprietários

     

     

  • Douglas Zílio

    Douglas Zílio, publicitário, que há 11 anos atua no ramo da comunicação, levando informação com ética.

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